A palavra "dever", na acepção que nos interessa, tem os seguintes sinônimos: compromisso, encargo, incumbência, obrigação, responsabilidade.
A Lei Escoteira nos convida a orientar nossas vidas a nos melhorarmos e a contribuir na melhora de tudo que nos cerca. Dentre seus artigos (não que outros não mereçam mesma importância), destacamos os seguintes:
[...]II. O escoteiro é leal;III. O escoteiro está sempre alerta para ajudar o próximo e pratica diariamente uma boa ação;IV. O escoteiro é amigo de todos e irmão dos demais Escoteiros;[...]
(grifos do transcritor)
Ser leal é ser infalível nos seus compromissos assumidos com seu próximo, alguém em quem se pode contar nos momentos de dificuldade e que não se deve confundir com o cúmplice. Inspira confiança, retidão, que age com boa-fé.
Dentre as leituras que fiz destaco duas do Guia do Desafio Sênior ao tratar dos artigos da Lei Escoteira:
“Compartilhar o esforço por construir um mundo melhor para todos, entregar nossa melhor energia para alcançar nossa felicidade e ajudar os demais na construção da sua própria felicidade: esse é o serviço a que nos convida a Lei Escoteira.”; e
“Abrir nossas vidas para que os outros tenham um espaço nela, aprender a confiar e entender que todos tem algo a comunicar e compartilhar.”. (grifos do transcritor)
E, para fortalecer, mostrando concordância com os valores e princípios do escotismo, firmamos nossa Promessa Escoteira nos seguintes termos: “Prometo, pela minha honra, fazer o melhor possível para: cumprir meus deveres para com Deus e minha Pátria; ajudar o próximo em toda e qualquer ocasião; e, obedecer a Lei Escoteira.”
Os princípios do escotismo se baseiam em 3 pontos:
• Deveres para com Deus (espiritualidade ou sua busca);• Deveres para com o próximo (Lealdade ao país, promoção da paz, cooperação, preservação do meio ambiente), e;• Deveres para consigo mesmo (responsabilidade pelo seu próprio desenvolvimento)
Nas palavras do pensador Léon Denis:
[...] O dever tem formas múltiplas. Há o dever para conosco, que consiste em respeitar-nos, em governarmo-nos com sabedoria, a querer, a realizar apenas o que é digno, útil e belo. Há o dever profissional, que exige que cumpramos, com consciência, as obrigações a nosso cargo. Há o dever social, que nos convida a amar os homens [seres humanos], a trabalhar por eles, a servir ao nosso país e à Humanidade. Há o dever para com Deus. O dever não tem limites. Pode-se sempre fazer melhor, [...] (DENIS, Léon. Depois da morte. CELD, 3.ed. 2011, p. 328.)
Os nossos deveres começam a partir do momento em que começamos a nos reconhecer como pessoas, ainda crianças. Quanto mais aprendemos, mais responsabilidades e deveres assumimos, a complexidade aumenta com o aprendizado. Sempre cercados de pessoas dispostas a nos tutelar. O aprendizado e o progresso individual do seu próximo também é um dever de solidariedade. Dever esse que também nós, enquanto Chefes Escoteiros, assumimos com os jovens. A passagem de conhecimento, para que adquiram habilidades e desenvolvam atitudes, em vista da formação de um cidadão melhor para o nosso país e para a humanidade é um ato de solidariedade, de trabalho voluntário. Isso é próprio do progresso do ser humano. A preguiça e a negação de nossos deveres é negação de nossa natureza humana. É estacionar e não progredir, já que é em sociedade e na vivência diária que se abrem os leques de possibilidades de progresso individual, tanto pelo trabalho, quanto pela educação. Não há progresso sem estudo e sem trabalho. Quanto mais individualidades progridem, mais a sociedade obtém seu progresso. Principalmente o moral, tão escasso nos dias atuais. Nós, escotistas procuramos cumprir os nossos. Façam, vocês, o mesmo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário